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Foto do escritorRosinha Martins

Francisco: "Estamos tão acostumados a viver de máscaras que acabamos envenenados"


O Papa reflete sobre a esperança e as feridas durante a audiência geral da Quarta-feira Santa na Praça São Pedro e prefere ir mais longe com o esquecimento e as feridas".



Foto:pixabay

POR JOSÉ BELTRÁN

Tradução: Rosinha Martins


Ele não conseguia se conter. Francisco estava refletindo esta manhã em sua habitual catequese de quarta-feira sobre como curar as feridas do coração, e dele surgiu uma denúncia de um dos flagelos ocultos da sociedade: o suicídio. "Penso em tantos jovens que não toleram suas próprias feridas e olham para o suicídio como um caminho de salvação". Isto está acontecendo hoje em nossas cidades", disse o pontífice, que prosseguiu dizendo que "há tantos jovens que não vêem a saída, que não vêem a saída, que não vêem a saída, que não vêem a saída, que não vêem a saída, que não vêem a saída".

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Este é o aviso que ele lançou espontaneamente durante o curso de uma audiência geral realizada na Praça de São Pedro, que foi assistida por menos fiéis do que de costume. Com sua voz um pouco mais recuperada, embora com alguma tosse, após a bronquite que o levou a ser hospitalizado por três dias, o Papa fez uma pausa nas últimas palavras do Domingo de Ramos - "Eles selaram a pedra" - para desenvolver sua meditação sobre a esperança.


Tantas pessoas tristes!


O pontífice argentino desenvolveu uma reflexão que foi repleta de intervenções fora do roteiro. "Antes, quando eu podia dar um passeio na rua - agora eles não me deixam - eu gostava de ver os rostos das pessoas, tantas pessoas tristes, tantas pessoas falando no telefone celular, gritando e sem paz! Precisamos ter esperança para sermos curados de tanta tristeza", disse ele, defendendo a necessidade de encontrar Cristo a fim de realmente descobrir a verdadeira esperança.


"E você, você tem esperança viva ou ela é guardada numa gaveta? Sua esperança o convida a caminhar ou é uma memória romântica, como se ela não existisse? Onde está sua esperança hoje?", dirigiu-se aos peregrinos presentes na praça. "Que Jesus regenere em nós a esperança". Com este desejo, Francisco resumiu sua meditação desta manhã.


As cicatrizes do passado


E esta não foi sua única pergunta: "Quem não está ferido na vida? Quem não suporta as cicatrizes de escolhas passadas, de mal-entendidos, de dores que permanecem em seu interior e são difíceis de superar?" perguntou aos fiéis, a quem explicou que "Deus não esconde de nossos olhos as feridas que perfuraram seu corpo e sua alma".


No entanto, ele os fez ver que "na Páscoa pode ser dado um novo passo: fazer buracos de luz em suas próprias feridas". Na verdade, acrecentou, "Jesus na cruz não censura, mas ama, ama e perdoa aqueles que o feriram". "É assim que ele transforma o mal em bem, como ele transforma a dor em amor", acrescentou ele.


Por esta razão, ele explicou que existem duas opções para lidar com as feridas: "Deixe-as infeccionar com amargura e tristeza, ou eu posso uni-las com as de Jesus, de modo que até minhas feridas se tornem luminosas". Ao mesmo tempo, lamentou que "nos vestimos com uma exterioridade que buscamos e cuidamos, com máscaras para nos disfarçarmos e nos mostrarmos melhores do que somos". Depois, a maquiagem se desprende e esse é o rosto com o qual você se apresenta a Deus". "Estamos tão acostumados a viver com falsidades que acabamos vivendo com falsidades como se fossem a verdade e acabamos envenenados", acrescentou ele.


fonte: VidaNueva



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Sou Rosinha Martins, missionária scalabriniana.

Atuo no jornalismo, na educação, na acolhida, promoção, proteção e integração de migrantes

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