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Francisco: uma voz profética enraizada na Teologia Latino-americana

POR ROSINHA MARTINS

RM notícias

Foto: Vida Nueva

O missionário scalabriniano e vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), padre Alfredo Gonçalves, ao se referir aos 10 anos de pontificado do Papa Francisco, o denominou como um Papa que fala como quem tem autoridade parafraseando o Evangelho de Mc 1, 22. “Poucas vozes têm a mesma ressonância como a do Papa Francisco, uma voz que não é ouvida só pelos católicos, mas pelos cristãos em geral e por outras pessoas que professam outras religiões, ouvida pela ONU, pelas organizações internacionais e inclusive pela sociedade civil, uma voz que tem um poder profético muito grande”.

De acordo com padre Alfredo, as origens desse modo revelado nestes 10 anos de pontificado, vem da própria história de Jorge Mario Bergoglio, enraizada nas periferias, nos porões, nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), nas Pastorais Sociais, na América Latina, cuja base teórica é a Teologia da Libertação. “A voz dele vem desse período muito forte de atuação dos cristãos na incidência político-social e, também, da reflexão teológica que iluminava a pratica dos cristãos, ancorada na mística, isto é, na dimensão espiritual”. E acrescenta que “isto tornou Francisco mais forte”.


Os migrantes e os refugiados


Gonçalves ressalta o cuidado pastoral de Papa Francisco pelos migrantes e refugiados e recorda a sua primeira viagem a Lampedusa, porta balcânica, ao encontro dos imigrantes que chegavam à Europa; a sua viagem à fronteira entre México e EUA, chamando atenção da Igreja e das pastorais para esse drama do povo nas fronteiras, a mais expressiva. “Milhões se localizam nas fronteiras e estão imobilizados ali, na Líbia, na Turquia, Grécia, Panamá, norte do Chile”, explica.


As Encíclicas


Padre Alfredo faz uma relação entre as Encíclicas Laudato Sì, Fratelli Tutti e Campanha da Fraternidade de 2023, a qual trata da fome. “Na Laudato Sì (2015) Francisco ressalta o cuidado com a Casa Comum, que é preciso ser organizada. Doutro lado, a economia precisa ter um ritmo que seja condizente, simétrico com o ritmo da natureza para que a terra não seja devastada, para que a Casa Comum continue sendo fonte e mãe da vida. É preciso salvar a terra para salvar a humanidade”, enfatiza.


A Casa Comum é o lugar onde todos vivem como irmãos, daí a ligação estreita com a C. F 2023. “Depois de arrumar a nossa Casa Comum seremos todos irmãos nela dividindo os bens que ela produz, dividindo os bens do trabalho de todos com toda a população do mundo, o que significa no fundo combater as desigualdades, a simetria, a migração”.


Alfredo conclui afirmando que “Fratelli Tutti, Laudato Sì e C.F 2023 são três igarapés que desembocarão no mesmo rio que combate a fome, a desigualdade, a migração forçada e que nos leva a uma sociedade justa, fraterna e solidária.


Fonte: RM notícias

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Sou Rosinha Martins, missionária scalabriniana.

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