Vida Consagrada: “É difícil encontrar rostos que transmitam alegria”
Teresa Sánchez, doctora en Psicología por la Universidad Pontificia de Salamanca y decana de la Facultad de Psicología. Foto: Vida Nueva.
POR ROSINHA MARTINS
A crise de significado na Vida Consagrada foi o tema refletido pela decana da Pontifícia Universidade de Salamanca, Teresa Sánchez, durante 52ª Semana da Vida Consagrada que aconteceu de 12 a 15 de abril próximo passado, em Madrid, Espanha.
“Vivemos em uma época caracterizada pela melancolia, um 'tedium vitae', uma falta de alegria. É difícil encontrar rostos alegres e rostos que verdadeiramente transmitam a alegria de ter a oportunidade de viver e a alegria de ter um desejo compreendido como o motor que nos empurra para um destino diferente”, enfatizou Teresa.
A professora detalhou as razões da atual crise de sentido, na qual Deus parece ausente, entre as quais destacou que o homem perdeu a subjetividade, a saturação e a angústia, a imanência e a nostalgia do absoluto, o consumismo que nos consome, a idolatria do inútil, a melancolia, a impossibilidade de renúncia e a ilusão de auto-outorga.
Esboço ‘pessimista’ da sociedade
Durante seu discurso, no qual ela fez uma radiografia da sociedade atual, desde o recente e crescente debate sobre a maternidade substituta até a ascensão do Instagram – ‘a obrigação de ser feliz ou parecer feliz e a condenação à mercê do ver e do ser visto’ - Sánchez perguntou se poderíamos estar falando de uma mutação antropológica. “Estou consciente de que o retrato da sociedade que estou fazendo é talvez pessimista e sombrio. Então como sair do desespero? É naqueles que não fazem parte deste retrato que reside a esperança”, afirmou.
Diante deste cenário, Sánchez propôs um caminho de esperança de duas maneiras: para o reencontro com Deus - silêncio, instrospecção, aniquilação e eternidade e, para o reencontro com o outro - eternidade, confiança, empatia, altruísmo generativo, bondade e compromisso, entre outros”.
Fonte: VidaNueva
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